16.11.08

É melhor deixar pra lá.

Não consigo mais escrever. Nada de intenso sai do meu coração, passa pela minha cabeça e é transcrita de alguma forma. Talvez isso represente esse espaço vazio que tenho aqui dentro, que só aquilo que não sinto mais supre. Minha cabeça cheia de outras coisas: faculdade, amigos, livros, música. Acho que recuperei minha vida e nem percebi, foi como se ela sempre estivesse ali, escondidinha, esperando que eu me deixasse vivê-la de novo. Acho que estou feliz; não feliz como uma pessoa apaixonada, mas tranquila comigo e com meu asno de estimação.
Chega de livros. Papel, lápis, borracha e uma calculadora, por favor. Chegou o final do semestre.
Mentiras, problemas, relações amorosas perturbadas. Amigos em comum, te ligando ao pequeno tormento. Nenhum deles é meu, mas eu me sinto deles. Preciso ajudar, preciso ser amiga. Meu ombro, meu sorriso, minha mão do lados de todos eles.
Eles se amam, mas é proibido, como o fruto. Não conseguem viver sem o outro. a vida de um derrotado fora de si. Afinal o que é certo e errado? Dois mundos diferentes, criados pelas palavras.
Calma e envolvente. Tranquila como uma lullaby. O tom da verdade dolorida sendo cantada. A revolta sendo citada. Descontraída junto com o café e o guaraná.
Tudo isso pra me animar.
Quem mesmo canta que quer ter o corpo cremado e as cinzas soprarem com o vento mesmo? Fora Dallas Green, claro.

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