28.4.08

Visconde de Sabugosa.

Eu e a minha habitual falta de concentração voltam a esse blog para satisfazer esse momento que deveriam ser dedicados aos meus estudos.
Esse cara da foto é o Visconde de Sabugosa (clique no link, aquele que não teve infância). Que não soe de modo pejorativo, mas meu professor de Direito Constitucional II me lembra muito ele. Sem nunca citar nomes, essa figura que me dá aula lembra a sabedoria e a aparência desse personagem de Monteiro Lobato.
Estou aqui eu, a umas duas horas tentando absorver o conteúdo da matéria de minha prova amanhã que ele transpõe com uma facilidade inatíngivel. Estou aqui eu, a duas horas temendo a nota que ainda não tive. Estou aqui eu, a duas horas tentando me concentrar e ler a doutrina de Alexandre de Moraes. Estou aqui eu, a duas horas tentando saber o que essa figura de cabelos compridos, óculos e barbichinha vai me aprontar na prova de amanhã. Apesar de todo esse esforço, na minha cabeça só ecoa: "Visconde de Sabugosa, Visconde de Sabugosa".
Talvez consciente de todo conhecimento, talvez não. Respondam-me como um sabugo de milho é tão sábio? Eu ser humano, não consigo nem afirmar com toda certeza que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são pessoas jurídicas de Direito Público Interno dotados de autonomia. E ele, sabugo de milho, sim.
Ó céus! São tantos artigos! Constituição da República Federativa do Brasil, Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, Emendas Constitucionais! Nessa horas penso se estou enlouquecendo ou realmente seria melhor se uma espiga de milho?

26.4.08

Eu, Papai e a Pipoca.


Lembro até hoje. Eu tinha uns 7 ou 8 anos. Estava sempre sentada na minha cadeirinha, vendo TV CRUJ. E sempre, sem falta, aparecia ele, meu herói na porta. Com a cuia de chimarrão e uma jarra de pipoca nas mãos. Antes, eu reparava que a tarde ia se indo, sabia que a aula ia acabar e o meu herói estaria lá, me esperando com uma latinha de guaraná ou teen. Saia correndo e abraçava aquela figura de bigode, que sempre pegava a minha mochila pra eu não carregar mais o peso. Na frente da minha escola, tinha um senhor grisalho que vendia pipoca. Às cinco de meia da tarde de todos os dias, aquilo rodiava de criança pedindo um saquinho. "Doce ou salgada?", eu pedia salgada. Nunca fui muito com a idéia de comer pipoca com sabor de achocolatado. Meu herói pagava o senhor, trocava algumas palavras amigas, nunca antipático. E íamos nós em direção a nossa casa. Particularmente, era um luta. Eu queria fazer tantas coisas ao mesmo tempo e era tão pequena pra isso. Queria comer a pipoca, tomar refrigerante, contar o que aprendi no dia, sair saltitante da rua e segurar a mão do meu superpai. Pipoca. Ainda me perguntam o porquê de eu gostar tanto disso. É milho estourado. É a maior lembrança deixada pelo meu pai. O amor que eu sentia da parte dele em me oferecer isso era lindo. Não importava se ele fazia ou não, mas essa pequena demonstração de carinho marcou a minha vida. É extremamente doloroso pensar que faz anos e que nunca mais vou receber essa demonstração de carinho dele. A última lembrança da pipoca, do meu pai e minha juntos foi quando eu peguei um pacote, coloquei no microondas e ofereci a ele e perguntei se estava bom. Com a voz fraca, meu velhinho disse que estava muito bom e que ele já podia morrer. Eu já sabia fazer pipoca! Mas a pipoca não é mais a mesma. Não tem mais o mesmo sabor, nem o mesmo amor. Pequenas lembranças como esta e tantas outras, me fazem refletir e choras às vezes. Horrível pensar em não ter um coração tão bom por perto mais. Tento transformar isso em um aprendizado, mas essas lembranças deixam tantas saudades. Só quem teve isso e perdeu me entende. Quem não teve recomendo fazer isso pro seus filhos, porque quero que lembranças assim perpetuem nos meus filhos. Esse carinho incondicional entre pais e filhos. Te amo, meu "datão"! :)

23.4.08

Texto ridículo para aqueles dignos da minha vergonha.

Bom, vamos lá. Estou aqui, bocejando às dez e quinze da noite. Estou com uma coisa trancada a dias.
Exijo só duas coisas das pessoas que eu conheço. Não exijo mesmo gosto musical, não exijo mesmas opiniões, não exijo que me amem e me idolatrem. Só queria que todos fossem sensíveis e sinceros. Isso é pedir demais de um ser humano, mas é assim que eu ando com uma pessoa e digo: esse é meu amigo.
Sensibilidade pra pessoa me conhecer de verdade. Passo uma imagem bem infantil, ingênua e mimada. De fato sou mimada, tenho tudo da minha mãe. Roupas, livros, CD's. Carinho, amor, atenção. Tenho absoluta certeza que sou ingênua. Enxergo a beleza em tudo e em todos, acredito que ninguém é mau. Ninguém vai me fazer mal, ninguém vai pensar mal de mim. Devia ganhar o troféu de trouxa do século. Mas uma coisa eu não sou: infantil. Tento me conhecer a fundo. Tento entender cada sentimento que tenho. Tento me compreender. E pra mim ser maduro é conhecer, reconhecer e lutar. Conhecer quem você é. Reconhecer seus problemas. Lutar contra eles.
Pra quem não sabe, perdi meu pai quando tinha, aproximadamente, 15 anos de idade. Podia ter encarado a morte dele como o fim da minha vida, mas não. Doeu muito, mas a vida segue. Depois dela eu cresci muito. Pena, muita pena, que pouquíssimos conseguiram perceber isso. Ser uma adolescente e perder aquele que te criou, não é uma tarefa fácil. Aprendi a viver sem pai. Aprendi a tornar a perda dele em um amadurecimento em mim. Aprendi a fazer algumas coisas sozinha. Ir até a igreja, consolar as lágrimas da mãe. Pode ser muito pouco pra ti, que se acha adulto, por ser independente, por fazer coisas de gente grande. Mas isso é um amadurecimento. E só quem passa por isso sabe.
Entrei na faculdade e enxergava só gente detestável. Patricinhas, peruas e playboys. Aprendi a ver a diferença das pessoas, que nem sempre o modo da pessoa se vestir refletia quem realmente ela é. Quem me vê não dá nada por mim, quem me conhece (modéstia parte) dá a vida. Não quero a vida de ninguém. Quero só a minha. Não quero ninguém brigando por mim. Eu quero brigar por mim. Não quero ninguém olhando pra mim com o rostinho de lado. Quero me olhar no espelho e pensar "tu é boa sabe?".
Eu sou boa. Sempre tive medo de admitir isso. Com certeza não sou a mais bonita, nem a mais inteligente, mas sou boa. Tenho um coração bom. Acredito nos meus princípios. Não guardo mágoa de ninguém. Nem daquela colega irritante. Nem daquele que eu mais queria que me conhecesse e tem a sensibilidade restrita ao tamanho de uma cabeça de alfinete. Ninguém.
Meus textos são bem mal escritos. Vocabulário vazio indicando pouca leitura. Conteúdo fraco indicando a grande confusão interna que eu vivo. É bom. É sincero. É puro. Não me envergonho de ser eu mesma e mostrar inexperiência nas minhas palavras. Essa sou eu e vá catar coquinho, quem achar ruim. Devo a minha vida, o meu ser, a mim e mais mais ninguém. Deixem-me no meu quarto, refletindo sobre quem eu sou, pensando no que fazer. Quando sair do meu casulo, nem vai me reconhecer.
Desculpa se até hoje nunca pensei em cortar meus pulsos e vi a morte como a melhor saída. Desculpa se estou me achando melhor que tu e seu modo mesquinho, mimado e infeliz de levar a vida. Desculpa se não derrubei lágrimas suficientes e espalhei sorrisos demais após ser rejeitada por tantos. Só digo que vou continuar apreciando a minha vida, achando-me melhor que tu e a sua vida patética e sorrindo cada vez mais. Vão com Deus, colegas!

13.4.08

Mallu Magalhães.

Essa menina me encantou. Ela é muito bobinha a olhos de muitos, mas pra outros ela é carismática dentro da sua bobice. O sorriso dela cativa e das coisas que ela ri também. Uma guria de 15 anos com responsabilidade e competência de gente grande. Mostra meiguice na voz, no modo de falar, nas músicas. Ela passa todo seu eu pra música. Estamos carentes de meninas assim. Não digo só na música, mas digo também em todo outro tipo de meio cultural. Encontramos nela uma maturidade e infantilidade invejáveis. Irrito-me com pessoas que não conseguem enxergar isso. Ela reúne qualidades que pouquíssimas adolescentes reúnem hoje em dia. Responsabilidade, determinação e humildade. Faz ao vivo e erra pouco. Quando tiver 20 anos acredito numa carreira mais que mundial a ela, universal. Determinada, sabe o que quer, sabe do que gosta e faz bem feito. Humilde, no jeito, ao dizer que a calça é da mãe, recolhendo instrumentos e os reformando. Estou apaixonada por essa figura. Uma pequena salvação a nós, jovens. Queria escrever algo melhor, mas estou sem inspiração. E minha cabeça aparece nos dois vídeos abaixo.

Get to Denmark


Anyone Else But You

10.4.08

Superafim

Superafim, superafim de mim.

Valentinar.

Faz um mês. Um mês que não sinto teu cheiro. Um mês que não sinto teu toque. Um mês que não sinto meus lábios contra os teus. Um mês que sinto tua falta todos os dias.
Desprezo essa falta que eu sinto de ti, não compreendo como se pode gostar tanto de alguém e não ser correspondido. Há um mês atrás me falaram: 'Calma tu já esquece'. Nossa, sempre pensei que 'já' equivalesse a um 'logo' ou a um 'daqui a pouco tempo'. Há um mês penso em ti como aquilo que nunca vou ter, sentimento bobo que eu tinha antes de ter pra mim algumas semanas. As melhores semanas da minha vida. Nelas meu sorriso não saía do rosto e quando saiu voltou quando sentiu teu abraço que me protegia por mais que não tivesse a intenção.
Passei um mês me fazendo de forte, fingindo levar a vida normalmente. Infelizmente ando dormindo demais e ainda te tenho nos meu sonhos frequentemente. é terrível como até nos meus sonhos tu me ignora. Acho que nunca era pra ter acontecido nada.
No mês que fiquei contigo me senti completa. Talvez porque foste meu primeiro, digamos, amor. Teu sorriso me iluminava, tua voz me acalmava, teu toque me arrepiava.
Hoje, teu sorriso machuca meu coração, tua voz me incomoda e teu toque... Não sei, não o sinto a um mês. Queria que teu toque me desse nojo, mas continuo me arrepiando só de lembrar dele.
Desejo dar um nome pra isso tudo. Acho que não é paixão, muito longo pra ser uma. Amor? Não, amor é correspondido, amor é um pra toda vida e supera tudo. Quando recuperar minha criatividade, vou inventar um nome pra esse sentimento.
Sonhos que viram pesadelos. Pesadelos eternos enquanto duram.

8.4.08

Um Colega.

Venho por meio deste blog deixar explícita a minha indignação com uma pessoa. Anos atrás esse individuo era o mais centrado, racional e estudioso. De uns tempos pra cá, mais precisamente quando entramos na faculdade, se transformou em outra pessoa. Dispersiva, sentimentalóide e tão burra que nem estudar estuda.
Motivos mil pra essa pessoa ser assim. Ao entrar na faculdade se vê sem ninguém, rodeada de pessoas mesquinhas, com personalidade fraca e caráter sujo. Tenta fazer amizades, mas quando tentou só conseguiu ficar medrosa com tantas pessoas diferentes dela. Tenta namorar, mas só consegue ter seus sentimentos estraçalhados por alguém que, talvez, nem tenha sido o amor de sua vida. Tenta estudar, mas horas não rendem um capítulo no tedioso livro.
Dúvidas transcendem a sua vida. Não sabe se as pessoas que a rodeiam são confiáveis a um segredo. Não sabe se aquela pessoa tão bonita está realmente te enxergando de outra forma. Não sabe se escolheu o caminho que escolheu pra trabalhar é o certo.
Descobrir que nem todos são boas pessoas, honestas e sinceras é uma situação muito sofrida pra alguém tão puro como esse indivíduo que lhes descrevo a atual situação. Enxergar do que as pessoas são capazes pra chegar aonde querem é extremamente assustador. Ainda bem que um pouco de prudência restou a essa pobre criatura e cuida muito a chamar alguém de amigo. Infelizmente, nada disso muda a decepção que afoga seu coração, que atualmente anda tão frágil.
Ser iludida e pisoteada por um namorico e ainda assim continuar gostando deste é tão trouxa quanto não conseguir fazer os estudos renderem. As pessoas cada vez mais mostram-se não dignas de sua palavra. Nem ela mesma anda digna de sua palavra.
Que tal arquitetura? Não, muita matemática e desenho, desenhar nunca foi seu forte. Talvez letras em inglês. Seria uma boa idéia, se não fosse a idéia de ensinar num cursinho de inglês pra um bando de adolescentes e crianças. Licenciatura, não. Publicidade e propaganda? Parece um curso legal, mas será que é comunicativa o suficiente pra isso? Claro que esse indivíduo é comunicativo o suficiente. Fazendo Direito e não ser capaz de falar em público é o cúmulo. Bom deve estar no curso certo. Por que raios não consegue estudar? Deve ser um déficit de atenção, algo do tipo.
Quem é essa pessoa tão confusa? Um colega meu, não vou dizer o nome, ele vai ler e se enxergar na pessoa descrita. Pensou que era eu? Capaz, sou uma pessoa totalmente equilibrada, tenho as minhas certezas e minha vida amorosa é uma maravilha, apesar de não ter ninguém no momento. Só fico indignada com esse tipo de pessoa que pensa demais, que nem esse meu colega aí.

Dia 12 agora, vou no show da Mallu Magalhães. Ela é um doce. Se conseguir tirar fotos, talvez gravar um vídeo coloco aqui outra hora.

Ouçam Tegan & Sara. É meio estranho, mas eu gostei muito mesmo. Essas meninas meio que me emocionam. Aqui vai um vídeo super válido delas. Dark Come Soon


Alguém aí quer ver o Jared Leto bem novinho e mais lindo do que nunca? Óbvio que sim. Só estou esperando um pouco pra paciência surgir pra baixar os episódios de 'My So-Called Life' e babar no Jordan Catalano.