12.1.08

Asno.

Quanta besteira. Quanta burrice. Quanto amor. Não controlamos o bendito e asno coração. A pessoa mais incomum te atrai de um jeito inexplicável, quando o pequeno jumento entra em ação. E aquela vontade incontrolável de ter essa pessoa ao teu lado começa a te consumir e te remoer por dentro. Asno. Coração, seu asno. Não podes gostar da pessoa, ela não gosta de ti. Pára, seu burro. Pára de querer transformar a vida em contos de fadas. Contos de fadas têm um final feliz, essa história é a mais imprevisível do que o destino. Não queres, não podes ter esperanças. Não o corroe seu jumento. Não o persegue, sentimento. Como alguém se sente bem assim. Só pode ser loucura, não tens "ele" ao teu lado. Tens que te conformar em não tê-lo, mas esse burro coração insiste em te convencer que a felicidade está por vir. A felicidade sem a pessoa incomum? Não a essa ele não dá coices, mas em qualquer outra que ameace as intenções desse animalzinho ele retribui com doloridas patadas. Coração burro, mal-educado, sensacionalista, dramático, mas ainda assim, tão bonito. Belíssimo. Só ele é capaz de te fazer sentir o frio na barriga, só ele justifica aquela felicidade com o nada. Esse jumento se alimenta com ilusões que ele controla para serem criadas. Ilusões que fazem todos viverem de um jeito tão bonito, tão feliz. E mais uma vez montaste no burrinho e deixaste ele te levar. Asno, não consegues viver sem ele e tudo de bom que te proporciona.

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