Tu nunca vais entender. Nunca. Nem eu mesma entendo, mas não é por falta de vontade, acredita em mim.
Queria chegar na aula com um sorriso verdadeiro no rosto todos os dias. Não aguento mais fingir que não me importo, sendo que isso anda me enlouquecendo. Queria chegar, correr para os braços de alguém que me desse uma amizade, uma cumplicidade. Não quero mão boba, muito menos sexo. Quero carinho.
Que rufem os tambores! Vou contar um segredo: meu coração ainda pula, meus olhos ainda brilham. Pula de raiva, brilha com lágrimas. "Sai daqui infeliz, não te quero mais! Mas vamos ficar bem um com o outro, só pra tu não vires me perturbar no sono". Só não cuspo na cara, porque com o rosto de alguém não se faz nada.
Sem inspiração, nem pra dormir. Medo de adormecer e acordar mais perturbada no outro dia. Cada vez minha cabeça se convence que estar longe é o melhor, cada vez mais meu coração se desconvence. "Pára de fazer bobagem infeliz, isso só vai te fazer mal! Se bem que eu não sou nada tua, então que tu te fodas".
Eu vou conseguir. Tu que estás lendo não acredita, mas eu vou conseguir. Conseguir o que? Entender-me.
Tantas onomatopéias na minha caixola - "tum tum tum tum", "muá", "pfffff" - cada uma me afastando, cada vez mais da amizade e da cumplicidade. Não quero e não vou mais tê-las, mas elas continuam - "tum tum tum tum", "muá", "pfffff".
Quando eu me entender, me organizar e me ter por completo de novo, essas palavras não farão sentido e eu vou rir de tanta baboseira.
Ainda juro de pé junto: isso não é obsessão.
Queria chegar na aula com um sorriso verdadeiro no rosto todos os dias. Não aguento mais fingir que não me importo, sendo que isso anda me enlouquecendo. Queria chegar, correr para os braços de alguém que me desse uma amizade, uma cumplicidade. Não quero mão boba, muito menos sexo. Quero carinho.
Que rufem os tambores! Vou contar um segredo: meu coração ainda pula, meus olhos ainda brilham. Pula de raiva, brilha com lágrimas. "Sai daqui infeliz, não te quero mais! Mas vamos ficar bem um com o outro, só pra tu não vires me perturbar no sono". Só não cuspo na cara, porque com o rosto de alguém não se faz nada.
Sem inspiração, nem pra dormir. Medo de adormecer e acordar mais perturbada no outro dia. Cada vez minha cabeça se convence que estar longe é o melhor, cada vez mais meu coração se desconvence. "Pára de fazer bobagem infeliz, isso só vai te fazer mal! Se bem que eu não sou nada tua, então que tu te fodas".
Eu vou conseguir. Tu que estás lendo não acredita, mas eu vou conseguir. Conseguir o que? Entender-me.
Tantas onomatopéias na minha caixola - "tum tum tum tum", "muá", "pfffff" - cada uma me afastando, cada vez mais da amizade e da cumplicidade. Não quero e não vou mais tê-las, mas elas continuam - "tum tum tum tum", "muá", "pfffff".
Quando eu me entender, me organizar e me ter por completo de novo, essas palavras não farão sentido e eu vou rir de tanta baboseira.
Ainda juro de pé junto: isso não é obsessão.